Em atenção à mensagem do Exmo. Senhor Presidente da República sobre os preços dos combustíveis automotivos, a AbriLivre – Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres vem pela presente esclarecer os consumidores de todo o Brasil que os postos revendedores de combustíveis são impedidos de adquirir combustível diretamente de seus produtores: refinarias de petróleo e usinas de açúcar e álcool.
Em face disso, os postos de combustíveis adquirem combustíveis das distribuidoras e, portanto, dependem dos preços praticados por estas. Normalmente, quando a Petrobras eleva os preços da gasolina e do diesel, as distribuidoras repassam imediatamente esses aumentos aos postos. No entanto, quando há uma redução no preço, as distribuidoras usualmente repassam aos postos apenas parcela dessa redução. Por esta razão, muitas vezes os consumidores reclamam que os postos não repassaram integralmente as reduções da Petrobras para a bomba.
As margens brutas dos postos, que correspondem à diferença entre o preço de compra do combustível pago às distribuidoras e o preço de venda aos consumidores, nos últimos anos têm caído drasticamente, exatamente porque as distribuidoras têm absorvido parte dessas margens.
Na maioria das vezes, as margens brutas dos postos resumem-se a alguns poucos centavos e quando muito atingem R$ 0,30 ou R$ 0,40 por litro (ou seja, menos de 10% do preço da bomba do etanol, gasolina ou diesel), sendo que para muitos postos esse valor pode não ser suficiente para pagar todas as suas contas.
Logo, com o devido respeito, o Exmo. Senhor Presidente da República equivocou-se ao afirmar que os responsáveis pelos preços elevados dos combustíveis seriam o ICMS e os postos revendedores de combustíveis. Basta solicitar para a ANP os preços de compra e de venda dos combustíveis das distribuidoras ou, simplesmente, analisar seus balanços para entender quem está ganhando e quem está perdendo.
Conselho de Administração e Diretoria AbriLivre.