“A gasolina registra alta de 37,5% em 2021. A Petrobras anunciou redução de 2% no preço da gasolina nas refinarias, passando a custar R$ 2,53 por litro, mas na bomba dos postos o valor continua ultrapassando R$ 5,50 por litro. O diretor da AbriLivre, Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres, Rodrigo Zingales, ressalta a concentração do mercado. “Nós temos na parte do refino para produção de gasolina e diesel a Petrobras como a grande monopolista e praticamente detentora de 98% do mercado de gasolina e diesel. Além disso, temos na distribuição três grandes distribuidoras, que seriam Shell, BR e Ipiranga que, juntas, comandam em torna de 70% da oferta de gasolina, diesel e etanol aos postos”, afirmou, explicando a manutenção do preço. “O preço caiu na Petrobras, o preço da gasolina caiu R$ 0,07. Mas na bomba caiu só R$ 0,03 porque as distribuidoras, por deterem o poder de mercado, acabam tendo a possibilidade de absorver, aumentando seus lucros, parte dessa redução e repassar para os postos apenas parte da redução. E os consumidores acabam não se beneficiando com a queda de preços integralmente.
O presidente Jair Bolsonaro quer dividir com os Estados a alta dos combustíveis. “Cada Estado define a sua alíquota de ICMS. Então, por exemplo, em São Paulo é 18%, no Rio de Janeiro é 32%, em um outro Estado pode ser 28%. Isso encarece muito o preço do combustível, seja gasolina, diesel ou etanol. Então o ICMS tem um impacto muito grande no preço do combustível”, afirmou. A Petrobras não alterou o preço do diesel nas refinarias, que chega a R$ 2,71 por litro e acumula alta de 34,1% nos preços em 2021. Já em relação à gasolina, essa é a segunda queda dos valores sob a gestão de Joaquim Silva e Luna. Em maio, a estatal reduziu o diesel e a gasolina em 2%.”
Fonte: https://jovempan.com.br/noticias/economia
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