Com a recente privatização da BR Distribuidora (BRDT3), a expectativa do Credit Suisse para balanço do quarto trimestre de 2019 da empresa, a ser divulgado nesta quarta-feira (11), é positiva.
“Esperamos por resultados bem fortes, embora amplamente ajudados pelo inventário e pelos ganhos de importação”, afirmou o analista Regis Cardoso.
O banco estima que o Ebitda do período, excluindo o IFRS 16, totalizou R$ 845 milhões, crescimento de 31% na comparação ano a ano. A margem Ebitda esperada é de R$ 84/m³ – expansão de 33% em relação ao patamar de R$ 63/m³ do terceiro trimestre –, enquanto a receita bruta deve vir em R$ 437 milhões.
“A grande margem da BR Distribuidora no quarto trimestre deriva de um setor amplo em tema, como já vimos nos resultados de seus dois pares – Cosan (CSAN3) e Ultrapar (UGPA3)”, destacou o Credit.
Apesar de defender um balanço consistente, Cardoso não vê isso como uma tendência para os primeiros três meses de 2020.
“Preços de combustíveis mais baixos poderiam levar a perdas de inventário”, complementou o analista.
O banco também acredita que a dívida líquida deve subir substancialmente para R$ 4 bilhões no fim de 2019, mas mais por fatores específicos.
Reviravolta
A guinada da BR Distribuidora está tomando forma – principalmente agora com a pós-privatização. O Credit estima que o plano de transformação organizacional irá gerir ganhos de R$ 650 milhões (R$ 16/m³), o que deve alavancar a margem em torno de R$ 21/m³.
Novas estimativas
As estimativas do banco para o Ebitda de 2020 e 2021 foram reduzidas em 8% e 10%, respectivamente. A mudança se deve à entrega de volumes menores do que o esperado em 2019 e a um mercado competitivo mais agressivo.
A recomendação para a ação é de outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo em 12 meses de R$ 32.